No Talento da Terra: Nadinne Anjos.

Blog Expresso Ubajara tem a honra de apresentar aos ubajarenses e aos demais leitores a cantora ubajarense Nadinne Anjos. No dia 22 de julho de 2016, realizamos uma entrevista com a mesma, a qual falou um pouco de sua história como cantora.

Para a coluna desta edição, Nadinne Anjos respondeu algumas perguntas sobre sua carreira. Segue a entrevista:

Expresso Ubajara: Canta há quanto tempo?

Nadinne Anjos: Faz 15 anos desde que me descobri, digo assim porque nunca me imaginei cantando, tinha 10 anos de idade quando vim embora para Ubajara e já entrei no coral da igreja e em seguida sendo solista. Foi tudo muito rápido, quando vi já estava "contaminada" com a arte musical. Não demorou muito pra eu começar a trabalhar profissionalmente cantando em cerimônias de casamentos e eventos em geral.

Expresso Ubajara: Em quem se inspirou?

Nadinne Ajnos: A inspiração é diversa, porque escuto de tudo, as cantoras brasileiras são as que mais me encantam: Elis Regina, Marisa Monte, Roberta Sá... Além das brasileiras tenho como inspiração Adele, Madonna, Cyndi Lauper e Marie Fredriksson(Roxette)

Expresso Ubajara: Quantas músicas já escritas e quantas gravadas?

Nadinne Anjos: Até hoje nunca conclui composições, me considero uma intérprete e preparadora vocal, até me pego muitas vezes com ideias na cabeça que fogem imediatamente ( risos) mas não está fora de cogitação a vontade de criar, acredito que pra compor bem não precisamos somente da inspiração, mas de conhecimento e muita leitura também, e é o que faço a princípio. Tenho gravações de músicas como "Tempo perdido" e "Time after time", e em breve estarei gravando mais versões.

Expresso Ubajara: Qual tem sido a aderência da galera?

Nadinne Anjos: Normalmente boa, pra fase musical em que se encontra a sociedade, onde na maioria das vezes só se escuta sertanejo. Até porque gosto e levo no repertório músicas que agradam pessoas de todas as idades.

Expresso Ubajara: Já recebeu muitos convites?

Nadinne Anjos: Sim! a princípio só cantava em festas particulares, festival... enfim, agora estou iniciando em barzinhos, que hoje não é minha prioridade, mas tomo como mais uma experiência.

Expresso Ubajara: Quantas viagens já fez para atuar fora da cidade?

Nadinne Anjos: Difícil dizer exatamente em número, mas essa região da Ibiapaba já foi bem explorada graças a Deus.

Expresso Ubajara: Quais os projetos para o futuro?

Nadinne Anjos: Meu projeto já está encaminhando. Sempre tive em mente a vontade de formar uma banda inspirada nos anos 80, digo que está aos poucos, porque já estudo com meu esposo que toca comigo e é guitarrista, fazendo esse som juntos. Amo musicalidade dessa década e fazer isso com prazer é melhor ainda. Abrir uma loja e escola de música na cidade é vontade muito grande já que há uma necessidade na região. Hoje em dia, já dou aulas particulares e em grupo Técnica Vocal e ,apesar de ser muito desgastante, eu gosto demais e melhor ainda quando se vê o resultado positivo dos alunos... Já dei musicalização infantil e tenho planos pra retornar assim que adquirir o espaço adequado, porque trabalhar com crianças é uma responsabilidade enorme.

Expresso Ubajara: Para além de cantar o que faz?

Nadinne Anjos: Além de cantar, sou preparadora vocal e auxiliar de saúde bucal.

Expresso Ubajara: Qual a grana que lhe satisfaz ao ser convidada para tocar?

Nadinne Anjos: Cachê é um assunto bem delicado quando tem a ver com satisfação, por vezes nossa classe é bem desvalorizada, muitas vezes, nem tratada como profissão. Algumas pessoas não entendem que para chegar onde estamos tiramos tempo para estudar, estudar muito, ainda mais quando é autodidata, eu sou uma, mas também fiz cursos para adquirir o mínimo de conhecimento para passar para os meus alunos e para o uso próprio mesmo. Também o tempo gasto em ensaios, deslocamentos... sem falar que é cansativo como qualquer outra profissão, do contrário que as pessoas pensam não é só diversão. Tudo isso conta em relação ao valor que se recebe.

Expresso Ubajara: Onde surgiu essa veia artística?

Nadinne Anjos: Vem de família. Meu avô era músico (trompetista), tenho tios que cantam, primos que tocam... meus pais que mesmo sem ter entrado nesse ramo me influenciaram muito musicalmente. Eles têm um gosto musical amplo, escutam de tudo um pouco e isso fez com que eu fosse assim também. Tenho a mente aberta musicalmente graças a eles.

Expresso Ubajara: O que gosta de ouvir? Qual tipo de música?

Nadinne Anjos: Escuto de tudo um pouco, mas na minha playlist vocês encontram: Cyndi Lauoer, Roxette, A-ha, Vanessa da Mata, Elis Regina, Roberta Sá, Djavan, Adele, Sandy, Lulu Santos, Michael Jackson, Guns´n Roses... É uma infinidade de estilos musicais e artistas que se eu fosse dizer não ia terminar nunca.

Expresso Ubajara: Quando foi o primeiro show?

Nadinne Anjos: Acredito que tenha sido um musical chamado: " A bruxinha que era boa" dirigido pela primeira professora de canto Andreia Rocha com músicas feitas parte por ela também, onde eu interpretava a vilã da história. Foi uma experiência única para mim, saudades dessa época.

Expresso Ubajara: Um recado para galera de Ubajara que acompanha o seu trabalho?

Nadinne Anjos: Primeiramente, agradecer a todos, em especial minha família que sempre me deu apoio quando o assunto é trabalhar com música, meu esposo que sempre me ajuda, me ensina e me dá força e o suporte necessário para crescer musicalmente. Aos amigos e parceiros músicos que também lutam para que a nossa classe de certa forma seja respeitada, aos meus alunos, eu peço que continuem firmes, lutando pelos objetivos, uma hora eles serão alcançados. A vida sem música não é nada. A todos um beijo enorme de gratidão!

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